Descubra a história e as belezas que esta cidade portuguesa oferece aos turistas
A beleza do Jardim de Santa Bárbara, no centro histórico de Braga
Mais de dois mil anos de história convivendo com a modernidade e com as belezas esculpidas pela natureza e pela ação humana. São poucas as cidades que conseguem unir aspectos tão diferentes e que, ao mesmo tempo, se complementam. Braga é um desses exemplos, que encanta turistas de diferentes regiões e idades.
Os primeiros vestígios de vida humana na região remontam ao período Neolítico, mas as primeiras provas remetem à pré-história, desde a Idade do Bronze – há mais de quatro mil anos. Braga foi a primeira cidade portuguesa, já estando formada quando Portugal teve seu território constituído. Inicialmente denominada Bracara Augusta devido ao povo pré-romano de cultura céltica que habitava a região, os brácaros, no século II D.C, a região é tomada pelos romanos – mas essa história e os pontos turísticos hoje relacionados a este período, serão detalhados no próximo post.
Arquitetura, belos jardins e os principais pontos do centro histórico de Braga
A Sé de Braga, beleza na arquitetura e importância histórica
Considerada uma das cidades cristãs mais antigas do mundo, Braga impressiona pela beleza e importância histórica de suas Igrejas. A Sé de Braga é um dos exemplos. Reconhecida como um dos principais templos de arquitetura românica em Portugal, sua história se relaciona à obra do primeiro bispo, D. Pedro de Braga, remontando à restauração da Sé episcopal no ano de 1070. Na Sé, estão os túmulos de Henrique de Borgonha e sua mulher, Teresa de Leão, pais de D. Afonso Henriques, o fundador e primeiro rei do Reino de Portugal.
Em Braga, não deixe de conhecer o Largo Carlos Amarante, onde se encontram a Igreja da Santa Cruz e a Igreja do Hospital de São Marcos, ambas em estilo barroco. A Igreja de Santa Cruz teve suas obras iniciadas no século XVII, com a fachada finalizada em 1737. Em seu interior vale a pena observar a talha dourada do órgão e dos púlpitos, enquanto que na parte externa, não deixe de admirar a fachada, inclusive para procurar os dois galos laterais, pois há uma lenda em que apenas os que conseguem encontrá-los é que irão se casar. Já a Igreja de São Marcos, construída no século XVIII, foi um projeto do arquiteto Carlos Amarante e nela se destacam as estátuas dos apóstolos e, na fachada da igreja, a estátua de São Marcos.
Igreja de São Marcos, no Largo Carlos Amarante
Caminhando pelo centro histórico de Braga – que é a melhor forma de conhecer suas belezas em detalhes, ou ainda fazendo um passeio de trenzinho– não deixe de parar para conhecer o Largo do Paço, praça que encontra-se rodeada por edifícios do Paço Episcopal Bracarense, que é o Palácio dos Arcebispos de Braga.
Um dos edifícios do Paço Episcopal está voltado para a Praça do Município e representa outro destaque histórico e arquitetônico. Erguido no século XVIII e reconstruído na década de 1930, hoje é a sede da Biblioteca Pública de Braga. Por fim, o edifício mais antigo do conjunto constituído é o que está voltado para o Jardim de Santa Bárbara. O local é conhecido como o Paço Medieval de Braga, e tradicional ponto para fotos, afinal, a beleza do local chama a atenção, misturando na paisagem a fortificação e um lindo jardim.
A beleza e o contraste de cores nos jardins de Braga
Aliás, os jardins em Braga merecem ser admirados em seus detalhes. Apesar das mudanças de flores nos jardins, promovidas a cada estação do ano, suas cores vibrantes contrastando com as belezas da cidade permanecem o ano todo, seja na primavera, no outono, no verão ou no inverno.
Ainda no centro de Braga, não deixe de conhecer o Theatro Circo, inaugurado em 1911 e que até hoje é um dos principais palcos de eventos de Braga. No Theatro Circo encontramos a sala principal, com 897 lugares e ricos elementos decorativos, além do Salão Nobre e do Pequeno Auditório, este último, com arquitetura moderna, fez parte do projeto de recuperação do local.
Gastronomia e diversão
Um dos tradicionais cafés de Braga, hora do lazer
Considerada a cidade com a população mais jovem – tendo sido eleita como a Capital Europeia da Juventude em 2012 –, Braga oferece muitas opções de diversão. Para quem gosta de curtir a noite, a dica é conhecer os bares, wine bars, cervejarias e discotecas da cidade.
Destaque no centro de Braga, a cafeteria “A Brasileira”, fundada em 1907, é um dos pontos de encontro dos bracarenses e dos turistas. A dica é experimentar o café de coador – mais conhecido como “café de saco”. No verão, as boas pedidas são a cervejinha no fim da tarde, os mojitos ou o refresco de café.
A tradicional casa “Frigideiras do Cantinho”
E falando em gastronomia, não deixe de experimentar um dos quitutes característicos de Braga: as frigideiras. Conheça r a casa “Frigideiras do Cantinho”, que desde 1796 mantém a receita tradicional das frigideiras, que são pastéis de carne feitos com massa folhada, com um sabor inigualável. Quem visita o local, além das frigideiras e de uma variedade de doces e salgados de dar água na boca, ainda pode conhecer parte da história de Braga, pois logo abaixo do salão são visíveis, através do chão de vidro, os restos da estrutura de uma domus romana – a típica residência dos romanos.
Também não deixe de experimentar outros sabores típicos de Braga e da região do Minho, como os doces, entre eles os fidalguinhos de Braga – biscoitos secos, típicos da doçaria tradicional – o bolo rei e os toucinhos do céu, além dos pratos tradicionais, como o arroz de pato e o sarrabulho, que é um guisado com os miúdos do porco ou do cabrito, juntamente com o sangue do porco, indicado principalmente para os períodos de inverno.
E para quem gostou de Braga até aqui, no próximo post ainda tem mais informações e dicas para conhecer melhor a cidade. Não perca!
*Todas as fotos publicadas são de arquivo pessoal.
# Conheça mais de Braga em:
www.uminho.pt/viver/guia-de-braga
Arte, cultura e história no Theatro Circo
Detalhes da Igreja de São Marcos: os apóstolos na construção do século XVIII
O Largo do Paço
A Igreja de Santa Cruz e a lenda: quem não acha os galos em sua fachada, não casa
Os jardins que mudam, de acordo com a estação do ano
Guia de Viajante 