Roma: o Coliseu, o Pantheon e a noite agitada na capital italiana (Parte II)

Continue conhecendo alguns dos pontos turísticos mais disputados de Roma e o que mais a cidade tem a oferecer.

Uma das atrações mais procuradas de Roma, o Coliseu

E continuando o passeio pela capital italiana, nada melhor do que aproveitar o dia curtindo as atrações arquitetônicas e de rico valor histórico que atraem o grande número de turistas que viajam ao país.

Como o Guia de Viajante já adiantou no post anterior, a melhor forma de chegar a estes pontos é através do metrô – e com boas caminhadas, mas sempre recompensadas pelas belezas da cidade. Confira algumas dicas dos pontos obrigatórios aos turistas que visitam Roma, além de sugestão para curtir a noite e para saborear uma das delícias italianas mais tradicionais, o sorvete.

O Pantheon

Chegar à Piazza della Rotonda já nos dá uma ideia da grandeza do Pantheon. Ao entrarmos, o que nos chama a atenção é a beleza do local, com pisos, colunas e muitos detalhes em mármore. O grande destaque arquitetônico é a cúpula, com uma abertura circular em seu topo que permite a entrada da luz natural – e também da chuva, que ao contrário do que acreditava-se na época de sua construção, não evaporava até atingir o solo.

O Pantheon: de panteão a basílica em louvor a Deus

Sua preciosidade, que faz deste um dos pontos turísticos mais famosos de Roma, fica ainda mais evidente quando pensamos que sua construção remonta ao século I a.C. Também conhecido como Panteão de Agripa, por ter sido projetado pelo arquiteto Marcus Agrippa, primeiramente foi o templo dedicado aos deuses – o nome panteão deriva de pan, que significa todo, e théos, que significa deus. A partir do século XVII, o Pantheon passou a ser um templo totalmente cristão. A Basílica, denominada de Basílica de Santa Maria Ad Martyres, vem sendo desde então o local de adoração a Deus, com a celebração dominical da Eucaristia, e com missas aos sábados e pré-feriados às 17 horas e aos domingos e feriados às 10h30.

Devido a incêndios que ocorreram ao longo dos séculos, o Pantheon passou por mudanças, mas não perdeu sua grandiosidade e suas belezas. Os túmulos de Vitório Emanuel II, o primeiro rei da Itália, e de Rafael, pintor do Renascimento italiano, se encontram no Pantheon e chamam a atenção dos turistas.

Assim como nos demais locais religiosos de Roma, pede-se que os turistas mantenham comportamento de forma a manter o silêncio para as orações no local. O uso de lenços é uma dica, principalmente nos dias quentes do verão italiano, quando usamos roupas mais curtas. Assim evitam-se incômodos, tanto com a temperatura, como com as autoridades locais, sem desrespeitar as tradições e o ambiente de oração, independentemente da religião de cada visitante.

Detalhe arquitetônica do topo da cúpula do Pantheon

Detalhe arquitetônico do topo da cúpula do Pantheon

E para aproveitar ainda mais o passeio, vale utilizar recursos como os áudio guias, além de guias interativos disponíveis para download em Iphones e Ipads. O Pantheon funciona quase o ano todo (fechando apenas em 1º de janeiro, 1º de maio e 25 de dezembro). E o detalhe, a atração é gratuita. Não perca! Veja mais informações do Pantheon (até mesmo as linhas de ônibus que passam bem pertinho e os horários de funcionamento) no site oficial:

http://www.pantheonroma.com

Coliseu, o Fórum Romano e o Palatino: passeios obrigatórios em Roma

Chegar a Roma e não visitar um destes pontos turísticos, pode ser considerado um verdadeiro pecado. Milhares de turistas procuram o melhor espaço para visualizar cada detalhe do Coliseu, andam e deslumbram a riqueza do Fórum Romano e buscam os melhores ângulos para boas fotografias do Palatino.

Os detalhes do Coliseu, onde aconteciam batalhas entre gladiadores e animais

O Coliseu, também conhecido como “Anfiteatro de Flávio”, foi construído no período da Roma Antiga, no século I d.C. O nome Coliseu (Colosseo em italiano) deriva da expressão em referência à estátua do imperador romano Nero, considerada colossal. O local era palco de lutas entre gladiadores e animais selvagens, tendo sido construído com o propósito de entreter o povo, além de mostrar a soberania romana, na engenharia e arquitetura da época, o que surpreende até hoje aos que visitam o Coliseu. A capacidade para 50.000 pessoas assistirem aos combates na época demonstra sua grandeza. Andar pelos corredores deste que é considerado uma das sete maravilhas do mundo moderno, ver do alto cada parte do Anfiteatro e imaginar as batalhas e a riqueza histórica envolvidas já tornam o passeio imperdível.

Saindo do Coliseu, não deixe de admirar o Arco de Constantino. Construído no século III d.C em estilo coríntio, a obra é uma homenagem ao imperador de mesmo nome e suas conquistas. Em seguida, conheça o Monte Palatino, uma das sete colinas da capital italiana, e que no passado foi residência aos imperadores romanos. Hoje suas ruínas e paisagens naturais são os grandes atrativos do local.

As belas paisagens, logo ao sair do Coliseu, em direção ao Fórum Romano

Já o Fórum Romano era o local em que funcionava o centro comercial de Roma, onde eram discutidos os assuntos importantes da sociedade e o local em que aconteciam as eleições. Hoje os turistas conhecem as ruínas de diversas construções importantes do período da Roma Imperial. Há ainda o museu Palatino, com esculturas romanas encontradas no local, e a Casa de Lívia, a residência do imperador Augusto.

Apenas com um ingresso (por 12 euros) é possível conhecer as três atrações. Há opções de áudio-guias, ou guias eletrônicos no Coliseu, com a única dificuldade de que o português ainda é difícil de ser encontrado como uma das línguas em que as explicações históricas são descritas.

Se possível, reserve um dia inteiro para estas atrações, conhecendo com calma seus detalhes. Dependendo da época do ano, mas principalmente no verão e nas férias européias, vale a pena começar o passeio pelo Fórum ou Palatino, evitando as filas mais longas do Coliseu na parte da manhã. Para chegar ao Coliseu, a dica é utilizar o metrô, desembarcando na estação Colosseo.

Conheça mais em : http://archeoroma.beniculturali.it/

O Gelato Italiano

La Romana, uma das muitas sorveterias italianas, de dar água na boca

E continuando o passeio pela capital italiana, nada melhor do que um bom sorvete. E engana-se quem pensa que esta é apenas uma boa pedida no verão. Ao menos na Itália, o chamado “gelato” é bem vindo em qualquer época do ano, por isso não perca a oportunidade de conhecer uma das gelaterias em que por pouco mais de um euro é possível se deliciar com diversos sabores de sorvete: a Gelateria La Romana. Em Roma são duas filiais, uma na via Ostiense, próxima à estação Pirâmide do metrô, e outra na via Venti Settembre, a aproximadamente 10 minutos a pé da estação Termini. Fundada em 1947 na província de Rimini, hoje seus sorvetes podem ser degustados em diversas cidades (até mesmo em Madrid a gelateria é encontrada).

Quem conhece a Gelateria La Romana apenas tem uma dificuldade: a dúvida no momento de escolher os sabores que irá experimentar. Os sorvetes são produzidos artesanalmente ao longo do dia, na frente dos clientes, de modo a permitir que durem não mais que três horas até serem consumidos. O uso de ingredientes frescos, tradicionais e selecionados é um dos segredos. Não deixe de experimentar o sabor “Crema dal 1947” (com creme tradicional, aromatizado com baunilha e cascas de limão natural) e o “Bacio di dama con mandorle tostate” (creme de avelã com amêndoas tostadas, embebidas em creme de avelã com cacau).

Veja mais detalhes no site da gelateria

http://www.gelateriaromana.com/

Para curtir a noite: Uma ilha em Roma

O cair da tarde na Ilha Tiberina

Além do legado cultural, histórico e arquitetônico, Roma tem muito mais a oferecer. Um dos exemplos é a Ilha Tiberina, no meio do rio Tibre (em italiano, Tevere), próximo ao bairro judeu da capital italiana. O local é, principalmente durante as noites, muito procurado pelos italianos e turistas para um passeio à beira do rio. Ali se pode saborear lanches ou refeições, e há ainda barraquinhas de artesanato e objetos de arte, e até mesmo mesas de pebolim, garantindo momentos de lazer.

Mas quem hoje conhece a Tiberina pode não imaginar que a ilha já foi considerada como de mau presságio, pois não se conhecia o que teria a originado. A lenda que gira em torno de sua formação é a de que o corpo do último rei de Roma, Tarquínio, o Soberbo, atirado ao rio pelos romanos, teria sido o seu ponto de origem. Independentemente do que levou à formação do local, não deixe de visitar a Ilha Tiberina e admirar as belezas aos seu redor, como a Ponte Cestio, uma das mais antigas de Roma.

Curtir o dia e a noite na Ilha Tiberina é ótima opção aos turistas

Diversão garantida nas noites romanas

# E não perca, no próximo post, as últimas dicas do Guia de Viajante para a aproveitar a capital italiana! Veja mais imagens dos pontos turísticos deste post: